O perigo dos polióis

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biO2 21 jun

Os seus alimentos “saudáveis” podem conter os mesmos ingredientes de tintas, sabonetes, lenços umedecidos e até explosivos.

Parece exagero? Infelizmente não é. Ingredientes como glicerina (INS 422), um dos polióis mais usados pela indústria alimentícia, também é matéria-prima na fabricação de explosivos.

Entenda em detalhes os perigos dos polióis, que estão por trás de boa parte dos produtos ultraprocessados que prometem menos açúcar e menos calorias.

O que são polióis?

Polióis são uma classe de carboidratos conhecidos como álcoois de açúcar. Quimicamente, eles têm estrutura semelhante ao açúcar, mas também lembram os álcoois, por isso o nome.

Alguns dos mais comuns na indústria de alimentos são:

  • Sorbitol (INS 420)
  • Xilitol (INS 967)
  • Maltitol (INS 965)
  • Manitol (INS 421)
  • Isomalte (INS 953)
  • Lactitol (INS 966)
  • Glicerina (INS 422)

Eles são classificados pela Anvisa de acordo com a sua função no alimento, sendo usados principalmente como edulcorantes (com função adoçante), umectantes (para melhorar a textura e dar mais cremosidade) e agentes de corpo (para aumentar o volume e a densidade do produto).

Qual a diferença entre poliól, adoçante e edulcorante?

Aqui é importante esclarecer:

  • Polióis (ou álcoois de açúcar): São carboidratos com poder adoçante e calorias reduzidas. Têm efeito laxativo em doses moderadas e não são totalmente absorvidos pelo intestino. Exemplo: maltitol, eritritol, glicerina.
  • Adoçantes: Termo geral usado para qualquer ingrediente que adoça, incluindo polióis, açúcares, mel, stevia, entre outros.
  • Edulcorantes: Termo técnico usado pela Anvisa para indicar qualquer substância que confere sabor doce, sejam eles calóricos (como polióis) ou não calóricos (como sucralose, aspartame, stevia purificada).

Os efeitos colaterais

A verdade é que o seu intestino sofre graves consequências.

Polióis não são bem absorvidos no intestino delgado. Eles chegam quase intactos ao cólon, onde fermentam e geram gases, distensão, dor abdominal e até diarreia. Por isso, muitos produtos com polióis vêm com o aviso:
“O consumo excessivo pode causar efeito laxativo.”

Além disso:

  • Podem alterar sua microbiota intestinal
  • Podem aumentar episódios de gases e desconforto abdominal, principalmente em quem tem Síndrome do Intestino Irritável (SII)
  • Mantêm seu paladar viciado em doces extremos, dificultando uma reeducação alimentar

O que diz a OMS sobre adoçantes artificiais e polióis?

Em maio de 2023, a Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou uma nova diretriz recomendando que adoçantes não nutritivos (NSS) não sejam usados para controle de peso ou prevenção de doenças crônicas.

“Substituir açúcares por adoçantes não ajuda no controle de peso a longo prazo. As pessoas devem buscar reduzir a ingestão de açúcares livres consumindo alimentos com açúcares naturalmente presentes, como frutas, ou alimentos e bebidas não adoçados.”
– Francesco Branca, Diretor de Nutrição e Segurança Alimentar da OMS

A OMS também alertou sobre possíveis efeitos indesejados do uso prolongado de adoçantes, incluindo:

  • Maior risco de diabetes tipo 2
  • Doenças cardiovasculares
  • Maior mortalidade

Importante: Os polióis (como maltitol, eritritol e glicerina) não foram incluídos nessa recomendação, pois são considerados carboidratos calóricos. 

Glicerina: de explosivos à indústria de alimentos

A glicerina (INS 422) é um dos polióis mais antigos e usados pela indústria alimentícia. Ela é um subproduto da indústria de óleos vegetais e também da fabricação de biodiesel. Além de ser utilizada em alimentos, a glicerina também é matéria-prima para:

  • Tintas
  • Lenços umidecidos
  • Sabonetes, Shampoos, etc.
  • Hidratantes corporais
  • Produtos de limpeza
  • Explosivos (como a nitroglicerina)

Na indústria de alimentos, a glicerina, assim como um leve adoçante, entra também como umectante, agente de volume e até estabilizante.

Como os polióis “enganam” o seu paladar e o seu corpo

O grande truque por trás dos polióis é simular o sabor doce e a textura de produtos tradicionais com açúcar — sem realmente ter açúcar de verdade.

O que acontece no seu corpo é o seguinte:

  1. No paladar:
  • Os polióis ativam os receptores de sabor doce na sua língua.
  • Você sente aquele prazer imediato… mas sem as calorias ou a resposta metabólica esperada.
  1. No cérebro:
  • O cérebro recebe o sinal de que algo doce chegou, mas logo depois percebe que não houve elevação real de glicose no sangue.
  • Isso pode gerar um ciclo de compulsão por doces nas próximas refeições, porque o corpo fica “frustrado” bioquimicamente.
  1. No metabolismo:
  • Ao contrário dos açúcares naturais, os polióis não promovem a liberação de insulina de forma significativa, o que para algumas pessoas parece uma vantagem… mas a longo prazo, essa desconexão entre paladar e resposta metabólica pode afetar negativamente a regulação da fome e da saciedade.
  1. No intestino:
  • Como não são completamente absorvidos, os polióis seguem para o cólon, onde fermentam e causam:
    • Gases, flatulência
    • Distensão abdominal
    • Desconforto intestinal
    • Efeito laxativo

O problema é mais profundo: acostumar o paladar ao “falso doce”

Talvez o pior de tudo seja o efeito comportamental de longo prazo:

Quanto mais você consome polióis, mais o seu paladar se acostuma a níveis exagerados de doçura que não existem naturalmente nos alimentos reais.

Isso torna ainda mais difícil fazer uma transição para uma alimentação de verdade, com frutas, alimentos minimamente processados e sabores mais sutis.

Seu paladar fica cada vez mais “viciado” em intensidade e menos responsivo a sabores naturais.

Por que a biO2 nunca usou polióis?

Mesmo quando ninguém questionava.
Mesmo quando isso significava vender menos.

Com mais de 25 anos de produção própria, com tecnologia exclusiva, fábrica 100% controlada, a biO2 sempre fez escolhas que respeitam o seu corpo, saúde e performance.

Somos uma marca independente, que cresce com consciência.

Não usamos truques químicos pra maquiar sabor, textura ou validade…

Nunca colocamos polióis nos nossos produtos. Nem adoçantes artificiais. Nem qualquer outro ingrediente artificial, que enganam o seu corpo e prejudicam sua performance.

Se você leva sua saúde e performance a sério — e não gosta de ser enganado — leia a lista de ingredientes que você consome!

E pode ter certeza: com a biO2, você sempre vai encontrar ingredientes de verdade, de origem natural e com benefícios nutricionais.

biO2, a marca do consumidor consciente.

Baixe a lista de ingredientes que nunca fizeram parte da composição dos produtos biO2 e faça escolhas mais conscientes na sua próxima compra.


Referências