FDA proíbe o corante eritrosina (vermelho nº 3) em alimentos: o que isso significa para a sua saúde e para o consumidor consciente

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biO2 23 maio

A Food and Drug Administration (FDA), agência que regula alimentos e medicamentos nos Estados Unidos, anunciou no início de 2025 a proibição do uso do corante artificial vermelho nº 3 (também conhecida como eritrosina, FD&C Red No. 3 ou INS 127) em alimentos e medicamentos de ingestão oral. 

A decisão, que exige a reformulação de produtos até janeiro de 2027 (alimentos) e 2028 (medicamentos), marca um importante avanço na regulação de aditivos alimentares considerados potencialmente nocivos à saúde e tem gerado reflexões importantes sobre a segurança alimentar em todo o mundo, inclusive no Brasil. 

Na Europa, países como Noruega, Reino Unido e Suécia também já restringiram o uso de certos corantes artificiais. Enquanto alguns governos apenas agora começam a proibir certos aditivos, na biO2 eles sempre foram proibidos.

O que é a FDA?

A FDA (Food and Drug Administration) é uma das agências reguladoras mais influentes do mundo, responsável por garantir a segurança dos alimentos, medicamentos, cosméticos, suplementos e dispositivos médicos nos Estados Unidos. Suas decisões muitas vezes influenciam normas em diversos países, inclusive as da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) no Brasil.

O que é a eritrosina (vermelho nº 3)?

A eritrosina é um corante artificial de coloração rosa a vermelho brilhante, obtido a partir de derivados do petróleo. Amplamente utilizado para dar cor a uma variedade de produtos, como balas, bolos industrializados, sobremesas, cerejas em conserva, biscoitos, medicamentos infantis (como xaropes) e até pastas de dente.

Apesar de sua aparência inofensiva, a eritrosina já estava proibida em cosméticos desde os anos 1990 nos EUA, após estudos demonstrarem seu potencial cancerígeno em animais de laboratório. Ainda assim, seu uso em alimentos e medicamentos ingeridos permanecia autorizado, até agora.

Por que a eritrosina foi proibida nos EUA?

A decisão da FDA se baseia na Delaney Clause, uma legislação que exige a proibição de qualquer aditivo que apresente risco comprovado de causar câncer em humanos ou animais. Estudos desde os anos 1980 já associavam o corante ao desenvolvimento de tumores em ratos, por meio de mecanismos hormonais específicos desses animais.

Apesar da argumentação de que tais efeitos não se aplicam diretamente aos seres humanos, a pressão de organizações científicas, consumidores e parlamentares levou à reavaliação da substância, especialmente diante de alternativas mais seguras já disponíveis no mercado.

Um movimento maior contra corantes artificiais

A decisão da FDA não ocorreu isoladamente. Diversos estados americanos (como Califórnia, Virgínia e West Virginia) vêm adotando legislações próprias para restringir ou banir o uso de corantes artificiais em escolas e alimentos vendidos localmente. Esses estados também vêm combatendo o uso de outras substâncias, como os corantes Red 40, Yellow 5, Yellow 6, Blue 1 e conservantes como propilparabeno e hidroxianisol butilado (BHA).O movimento é impulsionado por estudos que apontam correlações entre corantes artificiais e problemas de comportamento, atenção e aprendizado em crianças, além do potencial carcinogênico em estudos com animais.

E no Brasil?

No Brasil, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) ainda permite o uso da eritrosina, mas com restrições. Ela está autorizada em concentrações limitadas para categorias específicas de alimentos, como cerejas em calda, balas e confeitos granulados. A agência afirmou que está acompanhando a decisão americana e poderá reavaliar a substância caso novas evidências científicas surjam.

É importante lembrar que outros corantes artificiais permitidos no Brasil, como tartrazina (Yellow 5) e sunset yellow (Yellow 6), também exigem rotulagem obrigatória devido ao risco de reações adversas, principalmente em crianças e pessoas asmáticas.

Quais são os riscos dos corantes artificiais?

Os principais riscos apontados pela ciência incluem:

  • Possível carcinogenicidade (em estudos com animais);
  • Efeitos neurocomportamentais em crianças sensíveis (como hiperatividade, irritabilidade, distúrbios de sono e atenção);
  • Potencial toxicidade celular, em especial para corantes como Blue 1 e Yellow 6;

Embora o risco dependa da quantidade ingerida, da idade, do peso e da sensibilidade individual, especialistas reforçam que o uso desses aditivos não é nutricionalmente necessário, já que eles existem para tornar o alimento mais atrativo, não mais saudável

Como evitar corantes artificiais?

  • Leia os rótulos: os corantes costumam aparecer com nomes que mais parecem fórmulas químicas ou INS (ex: Red 3 = INS 127).
  • Preferir produtos com corantes naturais, como beterraba, cúrcuma, espirulina, etc.
  • Desconfie de produtos com cores muito vibrantes ou artificiais.

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Na biO2, ingredientes como a eritrosina e outros corantes, conservantes e aromas artificiais nunca foram permitidos. Há 25 anos, mantemos um compromisso inegociável com a saúde e a transparência: temos uma lista rigorosa de ingredientes proibidos que guia o desenvolvimento de todos os nossos produtos. E mais do que isso: investimos constantemente em tecnologia e inovação para criar alimentos gostosos, seguros e nutritivos, sem recorrer a nenhum desses aditivos artificiais.

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Referências:

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