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Como a disponibilidade de alimentos em casa influencia na formação do comportamento alimentar da criança.
Desde o primeiro carrinho do supermercado na introdução alimentar do bebê até a adolescência, o que está dentro de casa molda os hábitos alimentares das crianças. Como nutricionista, vejo que o repertório alimentar infantil é, em grande parte, uma consequência do repertório dos pais.
Estudos mostram que a disponibilidade e acessibilidade dos alimentos no ambiente familiar são preditores fortes da ingestão de frutas e vegetais pelas crianças. Quando os pais compram e preparam esses alimentos, deixando-os disponíveis ao alcance dos filhos, eles criam oportunidades para que comecem a aceitar e ter curiosidade por comidas mais saudáveis.
Ter frutas, legumes e comida de verdade à mão na geladeira, aumenta a chance da criança se servir por conta própria, no lugar de buscar produtos ultraprocessados fáceis e ultrapalatáveis disponíveis na despensa de casa.
O que você come importa muito mais do que o que você fala. Comer com frequência em família, ter uma rotina de alimentação com presença de refeições saudáveis e mostrar entusiasmo ao consumir frutas, legumes e comida de verdade em frente à criança faz com que ela automaticamente associe esses alimentos a algo bom.
Refeições em família vão muito além de nutrir o corpo: elas constroem hábitos socioemocionais duradouros. A frequência, o modelo de comportamento e a qualidade desses momentos impactam mais que falar sobre os alimentos saudáveis.
Comer juntos, a mesma comida, sem distrações como TV ou celular, ajuda as crianças a internalizar comportamentos observados nos adultos.
Pais que praticam comportamentos saudáveis e mantêm um ambiente alimentar equilibrado e consistente, oferecem à criança a chance de desenvolver hábitos positivos que tendem a se manter na adolescência e vida adulta.
Em especial, ambientes domésticos com regras consistentes (sem restrição rígida), presença frequente de alimentos saudáveis e participação ativa da família nas refeições ajudam a construir esse repertório sustentável.
Sempre que você escolhe o que vai levar para casa, está também modelando o que seu filho conhece, gosta e repete. Que tal fazer da próxima ida ao supermercado uma oportunidade de repensar suas escolhas?
Estes são os primeiros passos para um ambiente alimentar saudável: a casa é o reflexo do que está no carrinho do supermercado!
Referências
PENNY, Mary E.; MEZA, Krysty S. Fruits and vegetables are incorporated into home cuisine in different ways that are relevant to promoting increased consumption. Maternal & Child Nutrition, v. 13, n. 3, p. e12356, jul. 2017. Disponível em: https://doi.org/10.1111/mcn.12356. Acesso em: 13 ago. 2025.
GARCÍA, Mariela C.; GARCÍA, José J.; GARCÍA, José L. Fruit and vegetable intake and home nutrition environment among Hispanic/Latino and African American families. Journal of Nutrition Education and Behavior, v. 50, n. 3, p. 266-273, mar. 2018. Disponível em: https://doi.org/10.1016/j.jneb.2017.10.007. Acesso em: 13 ago. 2025.
GARCÍA, Mariela C.; GARCÍA, José J.; GARCÍA, José L. Factors within the family environment such as parents’ dietary habits and F&V availability had the greatest influence on the F&V consumption by children. BMC Public Health, v. 23, p. 15879, jan. 2023. Disponível em: https://doi.org/10.1186/s12889-023-15879-2. Acesso em: 13 ago. 2025.
Nutricionista, Mestre em Nutrição do Nascimento à Adolescência e pós graduanda em Nutrição Funcional no TEA e TDAH. Atua em consultório, com atendimentos individualizados para bebês, crianças e adolescentes. A experiência em alimentação escolar, abordagens lúdicas e as práticas na cozinha permitem ampliar o olhar clínico para crianças com dificuldades alimentares. Sua missão é ajudar as famílias a terem uma relação, com a alimentação, leve e feliz.